Unidade 7 ano 1 e 2 - Alfabetização para todos: Diferentes percursos, direitos iguais.



No dia 26 de setembro de 2013 iniciamos nosso encontro com a  leitura do encontro anterior , no qual a professora Alfabetizadora Marciana ficou incumbida de fazer .


Antes deste encontro pedi para alfabetizadora Luciana Kornartzki  escolhesse um livro da caixa do acervo  da sua preferencia e que fosse pertinente aos seus estudos e pesquisas sobre educação sexual . Ela escolheu " O menino Nito".


                                http://www.slideshare.net/andreaperez1971/o-menino-nito









                                                               

Além de fazer a leitura do livro solicitei que ela socializasse sua pesquisa e sua dissertação de de mestrado  na UDESC- Universidade do Estado de Santa Catarina . 


A professora Luciana apresentou sua analise sobre  os conteúdos textuais de livros de educação sexual intencional para a infância e ela promoveu uma discussão e levantou propostas sobre educação sexual emancipatória. Desvelou as  interfaces entre educação sexual e o livro de  literatura infantil, O menino Nito.
Problematizou sobre o livro ,questionando as professoras sobre  quais as  normatizações e estereótipos que podemos encontrar no livro. 


Explanou  conceitos da sua pequisa  sobre o  reducionismo biológico com vieses na informação científica e a normatização do modelo de relações heteronormativas  contidas nos livros sobre educação sexual .Também ressaltou que devemos como alfabetizadores desvendar e desmistificar as verdades absolutas  estabelecidas  nos livros didáticos , literários e para-didáticos . 

Ela apresentou o trabalho Análise dos Livros de Educação Sexual Intencional para Infância: Desvelando suas Vertentes Pedagógicas.
Ela relatou que na sua pesquisa sobre os livros de educação sexual ,  percebeu que houve um avanço no trabalho proposto nas obras às crianças e há a  valorização do conhecimento científico, no entanto em alguns casos esse conhecimento se apresenta normatizando um padrão biológico de ser e também reforçando um modelo padrão de relações humanas e a normatização do modelo de relações heteronormativas. O grupo percebeu a importância de se ter um olhar crítico-pedagógico sobre eles e a professora Marineusa relatou que fez cursos para compreender melhor sobre a educação sexual . Falamos sempre os direitos de aprendizagem e esquecemos dos direitos sexuais e a Luciana explicou sobre os Declaração dos Direitos Sexuais como Direitos Humanos Universais 
(DDSDHU).


Declaração Universal dos Direitos Sexuais 

Durante o XV Congresso Mundial de Sexologia, ocorrido em Hong Kong (China), entre 23 e 27 de Agosto 2000, a Assembleia Geral da World Association for Sexology aprovou as emendas para a Declaração de Direitos Sexuais, decidida em Valência, no XIII Congresso Mundial de Sexologia, em 1997. O documento final contém 11 direitos sexuais reconhecidos internacionalmente:

O Direito à Liberdade Sexual – A liberdade sexual diz respeito à possibilidade dos indivíduos em expressar seu potencial sexual. No entanto, excluem-se todas as formas de coerção, exploração e abuso em qualquer época ou situações de vida.

O Direito à Autonomia Sexual, Integridade Sexual e à Segurança do Corpo Sexual – Este direito envolve a capacidade de tomar decisões autónomas sobre a própria vida sexual num contexto de ética pessoa e social. Também inclui o controle e o prazer dos nossos corpos livres de tortura, mutilação e violência de qualquer tipo.

O Direito à Privacidade Sexual – O direito às decisões individuais e aos comportamentos sobre intimidade desde que não interfiram nos direitos sexuais das outras pessoas.

O Direito a Liberdade Sexual – Liberdade de todas as formas de amar sem discriminação, independentemente do sexo, género, orientação sexual, identidade de género, idade, raça, classe social, religião, deficiências mentais ou físicas.

O Direito ao Prazer Sexual – prazer sexual, incluindo auto-erotismo, é uma fonte de bem estar físico, psicológico, intelectual e espiritual.

O Direito à Expressão Sexual – A expressão é mais que um prazer erótico ou actos sexuais. Cada ser humano tem o direito de expressar a sexualidade através da comunicação, toques, expressão emocional e amor.

O Direito à Livre Associação Sexual – significa a possibilidade de casamento ou não, ao divórcio, e ao estabelecimento de outros tipos de relações sexuais responsáveis.

O Direito às Escolhas Reprodutivas Livres e Responsáveis – É o direito a decidir ter ou não ter filhos/as, o número e tempo entre cada criança e o direito ao acesso total aos métodos de contracepção.

O Direito à Informação Baseada no Conhecimento Científico – A informação sexual deve ser gerada através de um processo científico e ético e disseminado em formas apropriadas e a todos os níveis sociais.

O Direito à Educação Sexual Compreensiva – Este é um processo que dura a vida toda, desde o nascimento, pela vida afora e deveria envolver todas as instituições sociais.

O Direito a Saúde Sexual – O cuidado com a saúde sexual deveria estar disponível para a prevenção e tratamento de todos os problemas sexuais, precauções e desordens.




Este trecho eu retirei da dissertação da professora Luciana Kornartzki para reflexão:
 Cabe também destacar que a proposta de uma vertente pedagógica emancipatória de educação sexual está fundamentada em uma perspectiva política de humanização do ser, como bem coloca Silva (2001, p. 276): 
a educação sexual que almejamos será aquela calcada nas conquistas dos movimentos sociais libertadores, na prática de formas igualitárias de representar o homem e sua diversidade sexual e subjetiva, em uma sociedade pautada pela preservação da vida para todos... 

. Logo após passei um vídeo sobre a teoria de Vygotsky d you tube e relatei que a teoria de Vygotsky está incutida na  unidade 07 do ano 1 e ano 2 e na nossa pratica , mas para nós educadores é um grande desafio trabalhar com turmas heterogêneas com vários níveis de apropriação de leitura e escrita e precisamos ler atentamente esta unidade e trocarmos experiencias de trabalho.



A professora Carmem Nunes no encontro anterior pediu para ficar com a caixa que continha as corujas  e trouxe a caixa e apresentou seu trabalho.

Fez o texto coletivo : 

As corujas Frederico e Coralina estão passeando na escola Célia de Lisboa na turma do segundo ano . Chegando na escola as corujas encontraram 24 alunos e uma uma coruja chamada Lili  que esperava Frederico e Coralina , ao chegar no dia 12/09 e com sua partida marcada para o dia 26/09/2013. As crianças ficaram muito contentes com a chegada das corujas .Fizeram um desenho das corujas pegaram as corujas pegaram as corujas na mão brincaram com elas passaram de carteira me carteira para que todos olhassem bem como o casal é lindo .

Os alunos fizeram acrósticos com os nomes FREDERICO,CORALINA 





















A professora Luana apresentou a sequencia didática sobre o livro que foi elaborada com as alfabetizadoras Scheilla Fernandes e a Valdete Nunes 













Trabalho da professora Maria do Carmo e  Lidiani Pauli 















Trabalho da professora Valdete Nunes da Escola Viegas também trabalhou com uma sequencia didática seguindo com ponto inicial  um livro do Acervo para Alfabetizadoras.
O livro era : Frederico Godofredo. 


Para iniciar a sequência didática, a professora realizou a contação de história com o livro do acervo do PNAIC (FredericoGodofredo) logo após foi realizado o levantamento de hipóteses, sendo que os educandos tiveram a oportunidade de expor suas opiniões fazendo a análise crítica sobre o assunto. Na sequência realizamos a análise linguística das palavras do texto e listamos quais materiais o personagem Frederico aproveitou do lixo para fazer seus brinquedos




No dia seguinte os rótulos foram recolhidos e analisados. Foram observados a data de validade dos produtos e outros aspectos relevantes dos mesmos. Logo após foram expostos em um cartaz separando-os: alimentos, bebidas e materiais de higiene. Assim os educando puderam destacar palavras dentro do rótulo, distinguir palavras de desenhos, classificar os produtos através de leitura de rótulos e identificar os produtos. Logo após responderem a cruzadinha dos rótulos e registraram no caderno qual a forma de venda dos produtos. (sistema de medidas).








Logo após elaborarem frases e trabalharem as atividades sobre os cuidados como lixo e a forma de lidar com os mesmos, os educandos demonstraram posicionamento crítico perante a importância da coleta seletiva. Na sequência a professora sugeriu a atividade: Vamos separar o lixo! Os educandos desenharam lixeiras com as suas respectivas cores e escreveram que tipos de lixo colocariam em cada uma, possibilitando conscientização acerca da qualidade de vida e preservação do meio ambiente



A professora sugeriu a elaboração de frases sobre o lixo e conversaram sobre a importância de separá-los. Em seguida os educandos confeccionaram alguns brinquedos como o telefone com copo descartável e o bilboquê com gargalo de garrafa pet e brincaram na sala durante a confecção dos mesmos e no pátio da escola.
Em outro momento, professora e educandos elaboraram algumas perguntas para entrevistar os pais sobre quais brinquedos utilizavam quando criança. No dia seguinte, os educandos apresentaram o resultado da entrevista e elaboraram um texto coletivo sobre as conclusões da mesma. 









Na sequência realizaram um jogo com o título “Separar e reciclar”.
 Então a professora propôs a escrita coletiva de uma carta à direção do colégio solicitando lixeiras seletivas para separação do lixo.
Para terminar esta sequência didática a professora realizou a contação de história com o livro do acerco do PNAIC “Não afunde no lixo”.





















Trabalho da professora alfabetizadora Sheilla da Escola Viegas.


Sequencia didática partindo  do livro Frederico Godofredo.